terça-feira, 18 de setembro de 2012

O amor é um verbo



Nem Deus, nem senhor. Ao rejeitar senhores, política, economia, os anarquistas também rejeitaram os mestres religiosos e o Deus que eles afirmam seguir. Todo problema está, então, na ideia que é feita de Deus.

Confesso que foi a série Guerra dos Tronos que me ajudou a compreender a figura do Rei sobre seu reino e pude relacioná-la com o que tanto se afirma nos cultos das igrejas de hoje: Deus é o nosso Rei! Jesus é meu Senhor! 

Desde que eu nasci nunca conheci nem um Rei, nem Senhor. Mas sei que também a Bíblia traz inúmeros textos que tratam Deus como Rei e Senhor. 

Mas o problema surge quando encerramos a imagem de Deus como Rei e Senhor. A Bíblia demonstra muito mais que isso. Deus está para além de seu poder, chegando a limitá-lo quando decidi agir com amor. Por mais estranho que pareça, Deus consegue ser o Todo-Poderoso enquanto é O Amor. Esses dois atributos não se excluem.

Não foi só Jesus que ensinou que Deus é amor. A Bíblia hebraica também nos mostra esta sua face. Com Noé, com os hebreus no Êxodo, com Elias, com Jonas e Nínive... O verdadeiro rosto do Deus da Bíblia é o Amor, lembra Jacques Ellul.


O amor que não se finda em palavras. O amor que é verbo para ser vivido. É o único modo de saber se estamos vivendo a realidade de Deus, disse S. João sobre o amor. O amor não é algo que você pode segurar ou gritar, canta John Mayer. O amor é simples, pode ser a leve brisa que se esvai para o profeta Elias. O amor não é uma coisa. O amor é divino  e Deus é amor. 

Se os anarquistas conhecessem este lado da história - o lado verdadeiro de Deus, (mas antes, se os cristãos tivessem demonstrado esse amor) - creio que eles não concordariam com a expressão: "Nem amor, nem senhor!"

terça-feira, 20 de março de 2012


De repente a gente se vê apaixonado
Dá vontade de sempre estar junto, de ter sempre presente
Sempre por perto

É uma saudade premeditada, um desejo de nunca mais ficar só

É a vontade de querer viver a sua vida toda com alguém
Viver de mãos dadas
Esquecer de si mesmo e se importar com outro

É um desejo tão vazio de si mesmo, tão cada vez menos de si, e mais do outro

Que o coração da gente se enche do próximo
Deixa de ser nada
Passa a ser completo.

20.03.2012 | Um ano e três meses de mãos dadas com a Julia

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O jovem Daniel e a juventude cristã exilada

Por Rafael Santos 



Escravo, imigrante, judeu e jovem. Entre o conglomerado de material humano que era traficado à Babilônia, como parte dos despojos da invasão à terra de Judá, se encontrava uma das mais célebres personalidades da historiografia bíblica, o jovem Daniel.

Durante o período de expansão territorial do Império Babilônico, um dos mecanismos de controle de massas que se utilizava para prevenir as insurreições dos povos subordinados era o enfraquecimento dos laços étnicos. Através da desconfiguração das raízes culturais que seus cativos traziam na bagagem de seus respectivos lugares de origem, a potência lograva fragmentar as relações sociais e seu potencial revolucionário.

Por isso, logo ao chegar à Babilônia, Daniel foi posto em uma espécie de “extrator sócio-cultural”. Recebeu um nome caldeu e foi instruído a respeito do universo linguístico, cultural e científico do seu novo habitat.

No caso de Daniel, havia uma preocupação especial. Devido às suas faculdades, ele havia sido selecionado juntamente com outros jovens para ser introduzido à casta dos trabalhadores do palácio imperial.

No entanto, esse processo não se deu de maneira mecânica, como desejava o então imperador Nabucodonosor. A relação entre a identidade do jovem hebreu, profundamente arraigada no zelo pelas leis de Moisés, e o novo contexto no qual se encontrava, não se deu de maneira harmônica.

Daniel se viu repedidas vezes na difícil tarefa de se adaptar aos ditames do imperador sem corromper sua integridade e zelo pelas leis de Deus. Uma situação nada fácil, já que devido a sua condição de escravo, desobedecer ao imperador significava perder a vida. E por sua vez, desobedecer às leis de Deus significava perder a eternidade.

O drama do jovem cristão na atualidade não se difere muito do de Daniel. Porque ainda que não exista um poder absoluto personificado em um kaiser soberano, a pressão por reproduzir os padrões sociais muitas vezes se torna uma verdadeira potestade. E se por um lado não se vive em uma condição de exilado, por outro, a desterritorialização da identidade juvenil com a intensificação da globalização, por vezes faz com que o jovem atual se sinta sozinho mesmo na sociedade pós-baby boom.

O jovem hebreu soube entender os limites entre os costumes culturais negociáveis e os aspectos imprescindíveis que constituíam a essência de sua própria existência.

O jovem cristão de hoje, se depara com semelhante desafio: o de trilhar seu caminho mantendo os valores e princípios de Cristo, porém, conectado a um espaço/tempo que lhe conferira sentido no teatro social, sem o qual (tal como Daniel), morreria socialmente.

É interessante notar que foi justamente o fato de Daniel haver mantido sua integridade que o fez ser socialmente relevante para o Império Babilônico. Disto, resulta que o maior desafio do jovem cristão, também é sua maior oportunidade de imprimir os valores do Reino de Deus na sociedade.

Rafael Santos é o meu amigo carioca mais argentino que eu conheço. Ele é fotógrafo e estuda jornalismo em La Plata, logo logo ele vem para São Paulo porque eu o convenci a participar do meu primeiro curta. Conheçam seu blog: http://rafaelmeuolhar.blogspot.com/ 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012


Sempre quis juntar em um vídeo os filmes que eu já assisti e gostei muito, aqueles mais especiais. Daí encontrei um motivo mais especial ainda para fazer essa montagem, o aniversário de 1 ano de meu namoro com Julia. Já tem um tempo que a gente deixa marcado os filmes que a gente assiste junto - desde os tempos em que nos conhecemos, meados de 2007, além de guardar os ingressos dos filmes que a gente mais gostou. 

Aí está, então, uma miscelânea de todo tipo que a gente viu junto, ao som da música que a gente mais curtiu - tanto que encomendou uma arte inspirada nela - "Home", de Edward Sharpe and The Magnetic Zeros.

Veja a lista de filmes:
  1. - Pulp Fiction
  2. - Toy Story 1 e 2
  3. - O Profissional
  4. - A hora de voltar
  5. - Vicky, Cristina e Barcelona
  6. - A vida secreta das abelhas
  7. - A vida secretas das palavras
  8. - 127 Horas
  9. - Paris Te amo
  10. - O visitante
  11. - Plano B
  12. - Mary and Max
  13. - Filhos do Paraíso
  14. - Gente grande
  15. - Tropa de Elite
  16. - Brilho Eterno de uma mente sem lembranças
  17. - Coincidencias no amor
  18. - Monstro SA
  19. - Vida de inseto
  20. - Tapete vermelho
  21. - A era do gelo 3
  22. - Um parto de viagem
  23. - Cisne Negro
  24. - Um homem de família
  25. - À procura da felicidade
  26. - PS Eu te amo
  27. - O homem que encarava as cabras
  28. - Pânico 4
  29. - As Crônicas de Nárnia - A viagem do Peregrino da Alvorada
  30. - Nova York, Te amo
  31. - Amelie Poulain
  32. - Tron
33. - O Concerto
34. - Manhattan
35. - Melinda & Melinda
36. - Querido John
37. - Cães de Aluguel
38. - Além da vida
39. - Lixo Extraordinário
40. - Meia-Noite em Paris
41. - A última noite de Boris Grushenko
42. - Preciosa
43. - Enigmas de uma crime
44. - Encontro de casais
45. - Harry Potter 7b
46. - Você vai conhecer o homem dos seus sonhos
47. - Na natureza selvagem

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A gentileza contra um mundo complicado


Julio Diaz, 31 anos, é assistente social do Bronx, na cidade de Nova York. Toda noite Diaz desce uma estação antes da sua, após uma longa jornada de metrô, para poder desfrutar do seu jantar favorito. Mas em uma noite do mês passado, depois de Diaz saltar do trem na plataforma quase vazia, algo tornaria sua noite inesperada.
 

Enquanto eu subia as escadas, um garoto adolescente apontou uma faca na minha direção. Ele queria meu dinheiro, então eu dei a ele a minha carteira e disse, "Aqui está".

Ele começou a ir embora e, enquanto andava, eu disse, "Hei! Espere um minuto, você esqueceu uma coisa. Se você vai continuar assaltando as pessoas pelo resto da noite, você deveria ficar com o meu casaco para se aquecer."

Ele me olhou surpreso e perguntou: "Por que você está fazendo isso?", "Sei lá, cara. Se você está disposto a pôr em risco sua liberdade por alguns dólares, então eu imagino que você realmente precise de dinheiro. Tudo o que eu queria fazer era jantar e se você quiser ir comigo… você será mais que bem vindo… de verdade. Você pode me seguir se quiser. Eu sinto que você talvez você precise realmente de ajuda."

Então nós fomos jantar onde vou geralmente. Nós nos sentamos, e o gerente veio nos cumprimentar, e também o lavador de pratos e os garçons.

- Você conhece todo mundo?!", o garoto ficou surpreso, "Você é dono deste lugar?"
- Não!, eu só venho aqui bastante.
- Mas voce fio gentil até com o lavador de pratos.
- Não lhe foi ensinado que você deve ser gentil para com todos?
- Sim, mas eu achava que as pessoas não agiam mais assim.
- Garoto, o que você quer da vida?
- Ele só mostrou um semblante triste. Talvez ele não quis me responder, ou não sabia a resposta.

Trouxeram a conta e eu disse a ele, "Viu, você vai ter que pagar a conta, porque você está com o meu dinheiro. Se puder devolver minha carteira, eu ficarei muito agradecido". Ele nem hesitou, "Claro, está aqui".

Ele devolveu minha carteira. E eu lhe dei U$ 20, para ajudá-lo de alguma forma. Quando eu lhe dei os U$ 20, eu pedi que ele também me desse algo em troca, e então ele me entregou sua faca.

É engraçado, porque quando eu contei essa história para minha mãe, e você sabe, nenhuma mãe gosta de ouvir isso, mas ela falou "Mas como? Você é o tipo de rapaz que se alguém pergunta a hora, você já dá o relógio".

É que eu acho que se você trata as pessoas da maneira correta, você só pode esperar que lhe tratem corretamente também. É um gesto simples num mundo tão complicado.

Tradução minha do texto publicado aqui.

Vídeo enviado pelo Livan Chiroma como dica para ilustrar esta história

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Como são as mulheres


Eu enviei essa tirinha pra minha namorada e falei - "Olhaí como vcs são!!". Ela, então, me respondeu o seguinte:

"Ahhh vá... nem é tão dificil entender... ela so queria que ele falasse "vc fica linda de qlqr jeito". Mas sem mostrar descaso pela preocupação dela. Como se ele tivesse satisfeito com o cabelo longo, mas que também ela ficaria bonita de cabelo curto. 

Deixar ela se sentir segura tanto com o cabelo longo quanto com ele curto. Mostrando que ele fica preocupado mesmo é com ela se sentir bem independente do tamanho do cabelo. Tudo isso sem demonstrar o que realmente, no fundo, ele deseja (curto ou longo). 

Por que quem tem que fazer a escolha é ela. Se não, ela vai pensar que ele não gosta dela do jeito que ela é... ou que ele não gosta que ela mude. Por que toda mulher gosta de mudar. E ela quer que ele aprove as mudanças sem parecer (como eu falei) que ele não goste do jeito que ela é. 

Sem parecer que ele está insatisfeito com a aparência dela, sabe? Por que no fundo, quem está insatisfeito com a aparência é ela. Por isso ela quer mudar. Mas também está insegura por que se for olhar por outro ângulo ela gosta de como ela é.
Entendeu?
Simples, né?!"

A vantagem de ser cientistas é que sabemos o tamanho da ignorância da humanidade.

 Matéria do Estadão de hoje. Você pode ler aqui também.

GENEBRA - Apesar dos avanços na pesquisa científica, ainda conhecemos uma fração do funcionamento do universo. O alerta é do italiano Guido Tonelli, um dos dois líderes do projeto Compact Muon Solenoid (CMS), do Cern, que busca o bóson de Higgs e envolve 3 mil cientistas.

O CMS é uma câmera de 12,5 mil toneladas que tira fotos – com definição de 100 milhões de pixels – de choques de prótons que percorrem um túnel à velocidade da luz.

Ao Estado, Tonelli, apontado como forte candidato ao Nobel, disse que pode levar cerca de 50 anos para descobrirmos a utilidade dessas pesquisas.

O sr. preferiria encontrar o bóson de Higgs ou revelar que ele não existe?
Para a teoria, seria importante encontrá-lo. Mas há quem torça para que não encontremos nada. Nesse caso, a teoria do funcionamento do universo teria de ser revista. Mas eu adoraria dizer: agarramos ele.

Para que serve, na prática, a pesquisa que o sr. lidera?
Para a ciência, vamos confirmar uma teoria que há décadas marca nossos trabalhos. Para um cidadão comum, é cedo para dizer o que sairá disso tudo. Sem as descobertas de Einstein, nunca teríamos um GPS no carro. Mas Einstein jamais pensou que algo como um GPS seria criado. Talvez precisaremos de meio século para saber o que estamos descobrindo hoje.

Em que estágio do desenvolvimento científico está o mundo?
As pessoas acham que, por termos tantos aparelhos novos, estamos dominando todo o conhecimento. Mas não sabemos nada. A vantagem de ser cientistas é que sabemos o tamanho da ignorância da humanidade. Se encontrarmos o bóson de Higgs um dia, teremos desvendado apenas 4% do universo.

Em quanto tempo o sr. deverá encontrar o elo perdido da física?
Espero que em um ano. 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Como Steve Jobs me ensinou a ser cristã

 Foto de Diana Walker no escritório "minimalista" de Steve Jobs, o qual dizia: "Eu era solteiro, tudo que se precisa é uma xícara de chá, uma luz e um rádio... então, era tudo o que eu tinha."

Eu admito: eu sou uma grande fã da Apple. Eu comprei com o meu próprio dinheiro um Mac Clássico, em 1992, na livraria da minha faculdade. Desde então eu tenho apenas laptops da Apple (meu primeiro, comprado em 1994, tinha um mouse "trackball" em vez de  um trackpad). Eu amo meu iPad e meu iPhone, que eu usava ontem à noite quando lia pela primeira vez sobre a morte de Steve Jobs.

Mas não é o meu amor por tecnologia ou gadgets que me fez lamentar o falecimento de Steve Jobs. Foram suas atitudes acerca da criatividade e decisões com riscos, vida e morte.

Embora a vida espiritual de Steve Jobs não fosse explicitamente cristã, e suas melhores citações não eram, naturalmente, religiosas, eu tentei ontem à noite, várias e várias vezes, ler suas palavras a partir de uma perspectiva espiritual. Eu estava tão inspirada para escrever um post sobre o que os cristãos podem aprender com Steve Jobs, mas eu fiquei preocupada se isto seria um sacrilégio para ambas as partes - os cristãos que pensam que Jobs trata-se apenas de gadgets caríssimos e capitalismo, e os geeks tecnológicos que veem qualquer sinal de espiritualidade como uma distração boba para a pura generalidade de seu ídolo.

Mas foi quando eu li no blog do Washington Post - "The theology of Steve Jobs" - a seguinte frase:

"Steve Jobs foi, sem dúvida, um gênio da tecnologia, mas ele também foi, na minha visão, um profundo teólogo, porque entendeu a condição dos homens que vivem entre o desejo e a finitude. Juntas elas nos definem, para o bem ou para o mal." 

Daí eu fiquei empolgada em escrever minhas reflexões espirituais inspiradas nas ideias de Steve Jobs, começando de forma bem apropriada com esta:

1. Siga sua intuição

"Não deixe que o barulho de outras opiniões cale a sua própria voz. E o mais importante, tenha coragem de seguir seu coração e intuição."

Como todo cristão que se sente dividido entre dois mundos - o intelectual e o espiritual, o hipster e o da igrejeiro, a má pessoa e a boa pessoa - eu me encontro às vezes num estado de paralisia. Eu me preocupo muito com que cada mente ao meu redor possa pensar. Eu penso em fazer uma declaração, mas a modifico tanto, o suficiente para adquirir uma rota de fuga para mim mesmo, caso eu precise. 

Eu acordo com a certeza do que eu creio em meu coração, mas depois eu filtro tudo isso através da peneira do mundo, e no fim do dia sobram em mim somente alguns pedaços aleatórios do que havia antes. Eu preciso ter a "coragem de seguir meu coração e a minha intuição", porque eu creio que aí o Espírito Santo de Deus fala comigo.

2. Permaneça faminto e inocente

"Lembrar que você irá morrer é a melhor maneira de evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há nenhuma razão para não seguir seu coração… Tenha fome, seja tolo."

Quando as coisas parecem estar dando certo na minha vida, geralmente eu fico contente e satisfeito. Eu perco o apetite pelo melhor que poderia vir. E quando eu estou vendo todas as coisas erradas no mundo, vejo-me cínica e realista. Eu não tenho apetite para mudar porque eu não sou tola o bastante para acreditar e ter esperança que qualquer um dos meus sonhos mais radicais poderiam mudar as coisas como são. Steve Jobs me chama a ter fome pelos meus sonhos mais radicais, porque eu não tenho nada a perder!

3. Mostre o amor

"A maioria das pessoas não sabem o que querem até alguém mostrar a elas."

Jobs estava falando a respeito do porque dele nunca ter baseado seus produtos nas pesquisas de interesse do público - o que os consumidores gostariam que um celular ou computador tivesse - mas eu penso que isto se aplica às comunidades cristãs também. 

Às vezes tentamos ser todas as coisas para todas as pessoas, ao invés de somente carregar a visão de mundo que temos inserida em nós. É importante ouvir, mas também é importante não se distrair e se confundir com o alvo: não dar às pessoas o que eles pensam que querem, mas agindo com amor, mostrando o que não elas sabiam que queriam.

4. Não desista
"Estou convicto de que o que diferencia os empresários bem sucedidos dos fracassados é a pura perseverança."

Eu sou culpada por desistir tão rápido.  Se algo não vem facilmente para mim, eu concluo que eu não devo estar apto para aquilo.  Se uma idéia não ganha forma e imediatamente não decola, eu decido que "não era pra ser". Isto é claramente uma atitude inútil para músicos, escritores e atletas; e é mais inútil ainda para aqueles que trabalham com outros para trazer o reinos dos céus as terra. Este é o tipo de tarefa que requer perseverança - ser verdadeiro para com a sua própria voz, que nem todos podem ouvir, permanecer faminto por uma causa no mundo que a maioria das pessoas pensam que é impossível e por um amor que muitas pessoas nem sabem que desejam.
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Kristin Tennant é uma escritora freelance e blogueira do Halfway to Normal e The Huffington Post. Vive em Urbana, no Estado de Illinois, nos EUA.

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Encontrei o post aqui e fiz uma tradução "livre". Se encontrar erros ou melhores interpretações, por favor me avise. ;)

sábado, 3 de dezembro de 2011

A história do céu

A Victim Treats His Mugger Right

Leia ou ouça aqui

Today we hear the story of 31-year-old Julio Diaz. He's a social worker from the Bronx in New York City and he has a daily routine. Every night he ends his hour long subway commute to the Bronx one stop early just so he can eat at his favorite diner. But one night last month as Mr. Diaz stepped off the train and onto a nearly empty platform his evening took an unexpected turn.

"Mr. JULIO DIAZ (Social Worker): So I get off the train and I'm walking towards the stairs and this young teenager pulls out a knife. He wants my money, so I just gave him my wallet and told him here you go.

He starts to leave and as he's walking away I'm like, hey, wait a minute, you forgot something. If you're gonna be robbing people for the rest of the night you might as well take my coat to keep you warm.

So, you know, he's looking at me like, what's going on here, you know. And he asked me, well, why are you doing this? And I'm like, well, I don't know, man, if you're willing to risk your freedom for a few dollars, then I guess you must really need the money. I mean all I wanted to do was go get dinner and if you really want to join me, hey, you're more than welcome. But I'm like, look, you can follow me if you want. You know, I just felt like maybe he really needs help.

So, you know, we go into the diner where I normally eat. We sit down in a booth and the manager comes by, the dishwashers come by, the waiters come by to say hi, you know. So the kid is like, man, you know everybody here. Do you own this place? I'm like, no, I just eat here a lot. He said, but you're even nice to the dishwasher.

I'm like, well, haven't you been taught you should be nice to everybody. So he's like, yeah, but I didn't think people actually behaved that way. So I just asked him, I'm like, you know, what is it that you want out of life? He just had almost a sad face. Either he couldn't answer me or he didn't want to.

The bill came and I looked at him and I'm like, look, I guess you're gonna have to pay for this bill 'cause you have my money and I can't pay for this, so if you give me my wallet back, I'll gladly treat you. He didn't even think about it. He's like, yeah, okay, here you go.

So I got my wallet back. And I gave, you know, I gave him $20 for, you know, I figure maybe it will help him, I don't know. And when I gave him the $20 I asked him to give me something in return, which was his knife. And he gave it to me.

You know, it's funny 'cause when I told my mom about what happened, you know, no mom wants to hear this, but with her she was like, well, you know, you're the type of kid that always if someone asked you for the time, you gave them your watch.

I don't know, I figure, you know, you treat people right, you can only hope that they treat you right. It's as simple as it gets in this complicated world."