quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A gentileza contra um mundo complicado


Julio Diaz, 31 anos, é assistente social do Bronx, na cidade de Nova York. Toda noite Diaz desce uma estação antes da sua, após uma longa jornada de metrô, para poder desfrutar do seu jantar favorito. Mas em uma noite do mês passado, depois de Diaz saltar do trem na plataforma quase vazia, algo tornaria sua noite inesperada.
 

Enquanto eu subia as escadas, um garoto adolescente apontou uma faca na minha direção. Ele queria meu dinheiro, então eu dei a ele a minha carteira e disse, "Aqui está".

Ele começou a ir embora e, enquanto andava, eu disse, "Hei! Espere um minuto, você esqueceu uma coisa. Se você vai continuar assaltando as pessoas pelo resto da noite, você deveria ficar com o meu casaco para se aquecer."

Ele me olhou surpreso e perguntou: "Por que você está fazendo isso?", "Sei lá, cara. Se você está disposto a pôr em risco sua liberdade por alguns dólares, então eu imagino que você realmente precise de dinheiro. Tudo o que eu queria fazer era jantar e se você quiser ir comigo… você será mais que bem vindo… de verdade. Você pode me seguir se quiser. Eu sinto que você talvez você precise realmente de ajuda."

Então nós fomos jantar onde vou geralmente. Nós nos sentamos, e o gerente veio nos cumprimentar, e também o lavador de pratos e os garçons.

- Você conhece todo mundo?!", o garoto ficou surpreso, "Você é dono deste lugar?"
- Não!, eu só venho aqui bastante.
- Mas voce fio gentil até com o lavador de pratos.
- Não lhe foi ensinado que você deve ser gentil para com todos?
- Sim, mas eu achava que as pessoas não agiam mais assim.
- Garoto, o que você quer da vida?
- Ele só mostrou um semblante triste. Talvez ele não quis me responder, ou não sabia a resposta.

Trouxeram a conta e eu disse a ele, "Viu, você vai ter que pagar a conta, porque você está com o meu dinheiro. Se puder devolver minha carteira, eu ficarei muito agradecido". Ele nem hesitou, "Claro, está aqui".

Ele devolveu minha carteira. E eu lhe dei U$ 20, para ajudá-lo de alguma forma. Quando eu lhe dei os U$ 20, eu pedi que ele também me desse algo em troca, e então ele me entregou sua faca.

É engraçado, porque quando eu contei essa história para minha mãe, e você sabe, nenhuma mãe gosta de ouvir isso, mas ela falou "Mas como? Você é o tipo de rapaz que se alguém pergunta a hora, você já dá o relógio".

É que eu acho que se você trata as pessoas da maneira correta, você só pode esperar que lhe tratem corretamente também. É um gesto simples num mundo tão complicado.

Tradução minha do texto publicado aqui.

Vídeo enviado pelo Livan Chiroma como dica para ilustrar esta história

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