segunda-feira, 4 de julho de 2011

Paradoxos

Por Brennan Manning

 Foto de Paulo Brabo

Quando tenho meus surtos de sinceridade, reconheço que sou um amontoado de paradoxos. Creio e duvido, encho-me de esperanças e fico desalentado, amo e odeio, fico mal quando devo me sentir bem, sinto-me culpado por não me sentir culpado. Confio e desconfio. Ajo com transparência e ainda assim embarco em dissimulações. Aristóteles afirmou que eu sou um animal racional; eu diria que sou um anjo com a incrível capacidade de armazenar vícios.

Viver pela graça implica reconhecer toda a história da minha vida, o lado iluminado junto com o lado obscuro. Ao admitir meu lado sombrio, aprendo sobre quem sou e sobre o que significa a graça de Deus. Como dizia Thomas Merton: “Santo não é aquele que é bom, mas o que experimenta a bondade de Deus”.

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