segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Casa velha. Casa nova.

Século XV. Uma pequena vila do Ocidente. Dorme neste momento um homem de meia idade. Seu corpo descansa, sua mente não para. O homem sonha com uma casa amontoada de gente que corre sem parar. Vê uma grande reunião em volta de uma única pessoa (aparentemente) louvável. Algo no sonho o incomoda: uma espécie de invólucro transparente habita sobre todos. O homem percebe que isto envolve todos os homens de tal forma que controla para onde eles devem correr. Vê também que aquele único homem, o (aparentemente) louvável, era de tal forma louvável para eles que os vigiava o tempo todo. Apesar de toda a estranheza do sonho, o homem sente-se confortável, como em sua velha casa, e compreende a estranha lógica onírica daquela nova casa.

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