quinta-feira, 3 de setembro de 2009


Fonte: Solomon

O cineasta Lars von Trier enfrentou uma depressão enquanto rodava “Anticristo”. Ele diz que muito do que há no filme tem a ver com os fantasmas que o assombraram durante a doença.

O que faz um artista em depressão? Desiste de criar ou serve-se da crise para conceber não aquilo que previa, mas uma outra obra, que incorpore essa nova visão de mundo?

O dinamarquês Lars von Trier propôs no passado uma depuração do cinema com o Dogma 95 — uma série de “regras” para livrar o cinema dos rebuscamentos de linguagem. Seu novo filme, o terror Anticristo, que estreia neste mês no Brasil, teve o roteiro escrito no meio da crise de depressão que o cineasta sofreu há dois anos. Exímio roteirista, ele é o primeiro a admitir que, desta vez, não escreveu um bom roteiro. Em vez de conexões lógicas ou reflexão dramática, as cenas se juntavam sem razão, muitas vindas de sonhos que teve na infância ou durante a depressão.

No filme, um casal em luto pela perda do filho se retira para o “Éden”, um chalé isolado na floresta, onde tenta curar suas feridas e reparar um casamento em dificuldade. Mas a natureza toma as rédeas, e as coisas só pioram. Anticristo está longe de ser um dos grandes filmes do diretor. As cenas vão do sublime (o prólogo em preto-e-branco) ao trash mais patético. Para o diretor, mais do que um filme, é uma vitória sobre sua própria crise.


Qual o sentido de Deus em seus filmes?
Nenhum. Deus não existe. Meus pais sempre foram ateus. Hoje, é como se eu pudesse devolver a Deus algumas coisas que aprendi sobre ele, e assim colocar minha vida em ordem.

Leia mais no Solomon.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ola,

Notei no blog de vocês que estão falando do filme Anticristo da California Filmes.

Gostaria se possivel de algum contato para que possamos trabalhar sempre juntos.

Podemos fazer variadas parcerias promocionais. O que acham?

Atenciosamente

rodrigo@californiafilmes.com.br