
As crianças representam a gente e o balão e o cavalo a Deus? Ou o inverso? Pois as duas interpretaçõs têm sentido, sim.
Está em cartaz uma compilação de dois médias-metragem (40 min aproximadamente) do diretor francês Albert Lamorisse: O Balão Vermelho (1956) e O Cavalo Branco (1953).
Os dois filmes têm quase nada de diálogos, mas forte trilha sonora. Mostra a vida de duas crianças e as mudanças que acontecem após fazerem novos amigos, um balão e um cavalo. A infância e a dureza do mundo dos adultos são contrapostos, porém o novo amigo os leva além, leva a um inevitável amadurecimento e traz a despedida da infância.
Todo nós tivemos um último brinquedo. Aquele que fica entre a passagem para a (pré) adolescência, ou a vida adulta mesmo. O balão pode ser qualquer coisa, pode ser até meu animal de estimação. E este foi, sim, o meu último brinquedo.
No fim de O Balão Vermelho não escapa a semelhança cômica com o padre que sumiu voando com os balões. E o cabelo do menino em O Cavalo Branco antecipa a moda atual dos emos. Os filmes são bonitos mesmo, como disse a moça da bilheteria. Assisti-los é como ler poesia.
Leia aqui o comentário do Estadão.
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