quinta-feira, 6 de maio de 2010

Tratado sobre amigos

Parte I

Acho meu amigo um sem-vergonha por namorar tanto assim. Quero bater no meu amigo que xaveca todas meninas novas que aparecem na igreja. Dá raiva do meu amigo que julga os outros sem saber da vida deles. Odeio quando minha amiga se desespera por coisas tão pequenas. Por que minha amiga só se apaixona por cara sem caráter? Sinto pena do meu amigo que tenta ser crente mas não para pra ler a Bíblia. Fico indigando com meu amigo que pensa que os outros é quem são os fofoqueiros. Sinto repúdio dos meus amigos que decidem não fazer nada para ajudar os pobres. Fico bravo quando meus amigos ficam "de cara" uns com outros. Odeio quando meus amigos pensam individualmente e não tomam decisões concensualmente.

Estes sentimentos se confluem em mim e me fazem agir de uma maneira passional. Isolar-me seria fácil. Simplesmente não falar mais e virar a cara também seria fácil. Pior: estas coisas me fazem querer agir como muitos de meus amigos agem: tratar o meu amigo da forma como ele merece.

Mas agindo assim eu devo estar ciente e preparado para receber também apenas aquilo que merece.

Porém tudo isto não cola. Em tudo isso não se encontra amor. Continua.

4 comentários:

Ju Curce disse...

Aí está a beleza das relações humanas né? Pessoas com verdades, personalidades, e ideais tão diferentes... Mas que podem se chamar amigos! E vamos combinar, será que a vida teria graça se eles não existissem,ou se fossem perfeitos? hahahahahaha

lucas lyra disse...

Aí vc já adiantou a parte 2 do Tratado! rs Mas é verdade!
Valeu

Carol disse...

A minha parte é se desesperar por coisas pequenas? Ou me apaixonar pelas pessoas erradas?? rsss

lucas lyra disse...

haha É você quem tá falando, Carol!!