
Hoje eu acordei com uma oração. Mas não era a minha. Era a oração de um destes apóstolos da TV, aqueles que gritam demais e gastam muito do tempo caro da televisão para pedir contribuições financeiras.
Como será que Deus ouve estas orações? Ou melhor, será que Deus ouve estas orações?
Longe de mim de julgá-los, porém alguns dos maus exemplos de oração não estão só em casos distantes. Ouço orações que repudio bem perto de mim e não faço questão em assentir com o Amém.
Como, por exemplo, aquela oração de um irmão durante o culto na igreja, ou em um encontro específico da semana em que se ouve "Cuide daqueles que não vieram, tu sabes o motivo, se por negligência deixaram de vir a Tua casa, que tu os mostre e que possam se arrepender" e por aí vai...
Isso me lembra aquele fariseu que Jesus descreveu, que se levantava, olhava aos céus, e agradecia por não ser como os outros pecadores, agradecia por ser bom o suficiente para ter ido ao templo.
Eu prefiro ser negligente, deixar de ir "à casa de Deus" a ouvir uma oração destas e ainda ser coagido a dizer Amém.
No momento de oração por missões a situação fica mais ilógica. São petições por países específicos, pela obra missionária nestes países, pela vida dos missionários e pela vida de quem mora lá e é alvo das missões. O problema é que incutem intenções e julgam atitudes do povo e do país por quem intercedem e não relevam seu contexto histórico, suas particularidades sociais e os aspectos culturais. Também não se preocupam em conhecer um pouco mais por quem estão orando. O importante é orar. A intercessão é urgente! não se importa pelo o que e porque. Tudo se limita ao plano espiritual.
Graças a mim e muitos irmãos, tenho aprendido a como não orar. De fato não sabemos orar, mas temos meios de aprender. E um deles são as próprias orações dos santos e justos que a Bíblia nos traz. Por exemplo, as orações de Pedro, Paulo e Jesus.
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