Para não dizer adeus
No encontro da turbulência
e a calmaria
Ela prefere ver a vida, observar da janela
e gerar sorrisos
Um olhar que me conhece
Um ouvir que me diz e me abre
Coração que aperta, angustia o
tempo que muito demora
Olhos de mistério profundo, espírito
pueril. Lugar onde quase há rima
entre o silêncio e a paciência.
Inocência.
Sabedoria de quem sabe sorrir
com vontade
Nunca se acostuma com saudade. Ela sabe viver.
No convívio com os gigantes sinto-me em casa
Ela me faz sentir chegado
Ao seu lado o caos torna-se repouso
Sua companhia é lar
Você é rima que te pertenço
Intimidade que cativa e não constrange
Como aquela dos instrumentos que se repercutem e
se encontram numa harmonia conjugal
Se com os outros
Minha voz caminha somente aos ouvidos
Com ela eu falo
voa
até o coração.
Tato. Toque de anjo
Realça o amor
Como se todo o esmero precisasse de seu jeito para ser pleno.
Leva um perfume de quem a meninice tem ciume e
escolheria se não houvesse
amarelinha para pular
São todos sentidos que se constroem em mim por ela
Consciência comovida envolvida na verdade de todos os encontros
É partilha.
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