"A literatura de protesto, do século XX, é um profundo e penetrante fruto de integridade humana. Mas, ao mesmo tempo, é um monumento ao fracasso da igreja em relação ao pensar. Pois, certamente, se a igreja pensasse, ela estaria com esses homens, sustentando-os. Em vez disso, ela rompeu com eles e deixou de falar com eles."
"À medida que [o cristão] lê as coisas que valem ser lidas, quer ficção quer polêmicas, ele está continuamente se encontrando com relatos da situação humana ou com análises críticas da sorte atual do homem, que o fazem endireitar-se na cadeira e dizer:
Isso é profundo e penetrante. Isso representa uma resposta que cala fundo nessa vida atual, hodierna, mas totalmente humana. É tão crucial, fundamental e iluminador que não pode ser neglicenciada. Toca-me, antes de tudo, como cristão. Mas esse escritor não é um cristão.
Eu compartilho da visão dele por um momento a respeito dessa ou daquela questão, mas, no minuto seguinte, sou puxado de volta à percepção de que ele e eu estamos em pólos opostos, separados por um abismo, por uma contradição em nossas mais básicas pressuposições.
Mas (e cá está a tragédia) o único modo em que posso perseguir essa corrente vital de pensamento é por meio da leitura não-cristã, escrita por céticos, e da discussão delas dentro da estrutura de referência intelectual que esses céticos manufaturaram.
Em suma, não há diálogo cristão atual sobre esse tópico. Não há conversa cristã em que eu possa entrar, levando comigo esse tópico ou essa visão."
Harry Blamires, A mente cristã.Você se acha assim também?
Um comentário:
o pensamento não basta sem devoção..
é preciso conhecer para amar a cada dia mais,
e é necessário convivência para entender
o problema é que a mente é auto-suficiente
e aos poucos as idéias vão se distanciando do coração e se tornando abstratas demais para continuar
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