sábado, 24 de outubro de 2009


Michael Jackson e a saga humana - por Jorge Camargo

O som do Michael nunca fez a minha cabeça, embora reconheça nele um extraordinário talento, uma incrível criatividade e uma enorme sensibilidade.

Sua trajetória como artista e como homem, no entanto, tem muito a me dizer.
E fala (chega mesmo até a gritar) sobre o que temos de mais humano: nossa capacidade de transcender a nós mesmos por meio de nossas realizações, de nossa inventividade, de nossa arte, e assim eternizarmos a nossa obra. Já dizia Sêneca, “longa é a arte, breve é a vida”.

Sua senda também me ensina sobre a nossa vocação, como seres humanos, para apresentarmos no palco da vida um espetáculo inusitado e surpreendente, repleto ora de elementos de glória sublime, ora de tragédia pungente.

E isso é comum a todos nós.

Todos tivemos, temos ou teremos momentos singulares de realização, de contentamento, de vitória. E também já vivemos ou viveremos tempos de dor, de luto, de vergonha, de desterro. Esse é o caminho dos que são a coroa desta criação. Esse foi o caminho descrito no livro sagrado que o Cristo de Deus percorreu.

Da eternidade em harmonia triúna ele se esvazia, tomando a forma de escravo, vivendo entre os homens, morrendo entre ladrões.E é então exaltado, recebendo o nome que está acima de todo nome.

Eu poderia ocupar espaço falando dos escândalos, das dívidas, do isolamento, das deformações físicas e psicológicas que sempre ocuparam o cotidiano do ser humano Michael. Prefiro, no entanto, refletir sobre as minhas próprias imperfeições, distorções, incoerências e enfermidades que, aliás, todos temos em diferentes formas e momentos.

E nisso tudo, don’t matter if you’re black or white!

fonte: Cristianismo Criativo

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