Naquela noite, já faz um bom tempo, foi ela quem começou a conversa. Bem simpática e recatada. Conheci até que bastante coisa sobre sua vida no curto trajeto que compartilhamos dentro do ônibus. O suficiente para eu nunca mais esquecê-la, e sempre lembrar dela em minhas orações. Maria Aparecida, seu nome ficou guardado. Três filhos, mora próximo à feira que tem aos sábados. Mulher muito humilde e batalhadora.
Nesta noite eu a encontrei novamente. Estava ao meu lado, com três sacolas que pareciam bem pesadas, na fila do ponto daquele mesmo ônibus. Mas acho ela não me reconheceu. Me ofereci para ajudá-la com as sacolas. Ela ficou muito agradecida. Sorria e acenou com um jóia que me fez sorrir muito. Maria Aparecida não se lembrou de mim, mas não se esqueceu de agradecer.
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