Carrego comigo há tempos esta música do Chico Buarque. Não por ouvi-la na íntegra várias vezes, nem por gostar muito da música dele, mas porque ela sempre está por aí, sendo levada por assovios, por vinhetas da televisão, pela memória... Mas o que nunca havia descoberto era o "que será" da indagação de Chico. Descobri, então, que preferia não ter descoberto. A descoberta me cativou menos que a ansiedade de descobrir.
E senti algo parecido ao entrar no site do poeta Carlos Drummond. Logo na página inicial tem um vídeo em que o poeta aparece, fala e recita. Demorou para eu conseguir assistir ao vídeo. Poder ver Drummond, assim tão real, tão próximo... era muito distante daquele guardado em mim. Antes ele era só as letras, as rimas, os sentimentos com o cheiro das páginas. Muita novidade para um dia só. Muita descoberta para uma mente só.
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