quarta-feira, 25 de junho de 2008

Hagiografia

São Paternus:

"Então, na passagem da infância para a adolescência, Paternus, em comum acordo com Escubilião, monge do mesmo pequeno monastério, decide abandonar seus pais pelo amor do Cristo e de se exilar na região do Cotentin, para viver em comunidade, levando consigo apenas um Saltério.

Como eles prentendiam prosseguir até uma ilha para encontrar a solidão [Ilhas Chausey], um homem temente a Deus chamado Amabilis disse-lhes que se escondessem no pequeno santuário de Sesciatus, e que sua intercessão poria fim ao culto diabólico que era feito ali sob o terror do erro pagão.

Juntamente com seu companheiro, o eremita entrou pela fenda de uma colina, no abrigo de uma caverna. Nesse santuário, o povo, que se livrava como de costume às suas execráveis cerimônias, foi exortado pelos santos personagens a não crer que se salvaria por meio de um culto vão, mas que poderia ser salvo se não irritasse o Criador com seus atos injustos. O povo riu sem respeito algum dos veneráveis personagens e obstinou-se a prosseguir o rito que mal havia começado.

Então o santo e seu colega armaram-se com o fervor da fé e do estandarte da cruz, dirigiram-se até os potes onde a comida estava sendo cozida e derrubaram-nos um a um com seus cajados. Eles pretenderam tomar posse da bebida que estava colocada nos recipientes, desprezando o perigo que corriam, uma vez que, como soldados corajosos, combatiam pelo Cristo."

Vita Paterni, em Documents de l'historie de la Normandie.
Fonte do período medieval (séc. v - xv)

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