"Durante esses meses finais de intercessão, ocorreu um incidente que o Sr. Howells sempre considerou uma das maiores experiências de sua vida. Lá na Montanha Negra, seu Tio Dick, que era inválido, ainda morava em Pentwyn, o antigo lar dos avós.
No dia de ano-novo, antes de ir visitá-lo, Rees Howells subiu as escadas correndo para seu quarto. Naquela manhã, de uma maneira totalmente inesperada, o Espírito Santo falou-lhe: "É da vontade do Pai restaurar seu tio". Parecia "bom demais para ser verdade e algo grande demais para que eu pudesse acreditar" - que após esses trinta anos seu tio poderia andar de novo como os demais homens.
Quando chegou a Pentwyn, seu tio, que sempre aguardava ansioso sua visita semanal, fez-lhe a pergunta costumeira:
- Alguma novidade do Senhor?
- Sim! respondeu o Sr. Howells, e é a seu respeito.
- A meu respeito! disse com surpresa. Fiz alguma coisa errada?
- Não, mas o Senhor me disse que é da vontade dele curá-lo.
Depois de uns quinze minutos na pequena horta dos fundos, ele voltou com a face radiante.
- Realmente, disse ele, devo ser curado em quatro meses e meio, isso acontecerá em 15 de maio.
Assim, a grande notícia tornou-se conhecida naquela semana, e logo passou a ser a conversa da cidade. Duas semanas depois, seu tio teve uma piora e ficou de cama durante um mês. O povo dizia que em vez de ficar restaurado, quando chegasse o dia, ele, na verdade, estaria na sepultura!
Embora estivesse muito mal, o Espírito Santo os advertiu para que não orasse. Se o fizessem, suas orações seriam orações de dúvida. Na verdade, o Senhor dissera a seu tio que em vez de orar durante aquelas dez horas por dia, que tratasse de se preparar para o trabalho público que exerceria depois da cura.
Na noite anterior ao domingo de Pentecostes, dia 15 de maio, seu tio estava muito mal, como nunca estivera antes. Ele voltou para a cama e caiu num sono profundo.
A seguir, a única coisa que ouviu foi o relógio despertar às cinco horas, e ele percebeu que estava perfeitamente restaurado. Ele acordou a família, e houve uma reverência tão solene na casa, que ficaram com medo de se mover, pois reconheciam que Deus realmente realizara aquele portentoso ato naquele exato momento.
Seu tio visitou, repetidas vezes, todas as casas no raio de cinco quilõmetros de sua aldeia e abriu muitos pontos de reunião de oração. Não ficou doente nem um dia sequer depois de sua cura, até que o Senhor o chamou ao lar, após dizer-lhe que seu trabalho aqui terminara.
O comentário do Sr. Howells foi:
"Se eu tivesse duvidado, será que teria me rejubilado? O Senhor nunca dá o testemunho, a menos que creiamos; e se cremos, podemos aceitar a demora."
O Intecessor - Norman Grubb
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