sexta-feira, 23 de novembro de 2007

poesia de final de noite



Não é que o coração muda mesmo?

Passa ver as coisas simples.

Risada de bobeira. Ri até de si mesmo.

Começa a se importar com crianças, com vendedores de frutas que abordam a gente às 18h15.

Não é que o sorriso insiste em ficar na cara.

Sorri por pouco, ao ver a mãe e o pai.

Dizer bom dia ao vizinho. Segurar o elevador.

O dinheiro passa a não valer meu fígado. Faz algum sentido viver assim...

Pé no chão e mente lá no alto..

Estevão O vê de pé, lá no alto.

Eliseu vê o que ninguem vê.

Saulo vê algo que o revoluciona.

Impacto na mente e tudo muda.

Não é O que É está sendo em mim?



:: recebi este poema via email pelo Chiroma, acho que foi ele quem compôs.

Um comentário:

Nice disse...

"– Mas – dirás tu –, como é que podes assim discernir a verdade daquele tempo, e exprimi-la depois de tantos anos?
Ah! Indiscreta! Ah! Ignorantona! Mas é isso mesmo que nos faz senhores da terra, é esse poder de restaurar o passado, para tocar a instabilidade das nossas impressões e a vaidade dos nossos afetos. Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.
(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. [falando com vigilia,sua namorada antiga])