
Não é que o coração muda mesmo?
Passa ver as coisas simples.
Risada de bobeira. Ri até de si mesmo.
Começa a se importar com crianças, com vendedores de frutas que abordam a gente às 18h15.
Não é que o sorriso insiste em ficar na cara.
Sorri por pouco, ao ver a mãe e o pai.
Dizer bom dia ao vizinho. Segurar o elevador.
O dinheiro passa a não valer meu fígado. Faz algum sentido viver assim...
Pé no chão e mente lá no alto..
Estevão O vê de pé, lá no alto.
Eliseu vê o que ninguem vê.
Saulo vê algo que o revoluciona.
Impacto na mente e tudo muda.
Não é O que É está sendo em mim?
:: recebi este poema via email pelo Chiroma, acho que foi ele quem compôs.
Um comentário:
"– Mas – dirás tu –, como é que podes assim discernir a verdade daquele tempo, e exprimi-la depois de tantos anos?
Ah! Indiscreta! Ah! Ignorantona! Mas é isso mesmo que nos faz senhores da terra, é esse poder de restaurar o passado, para tocar a instabilidade das nossas impressões e a vaidade dos nossos afetos. Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.
(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. [falando com vigilia,sua namorada antiga])
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