quarta-feira, 12 de setembro de 2007

possível

"O amor, acredito, é hereditário. Os pais amam os filhos mais que estes a eles, para que os filhos possam encontrar a plenitude do amor dos pais apenas quando se tornarem pais eles próprios."
Reverendo King

.Conheci certa vez um garotinho. Quando tinha sete anos de idade, ele cometeu um erro que lhe deixou uma marca profunda. Entrou em uma farmácia e tentou roubar um doce. Não conseguiu, mas, em vez de ser denunciado à polícia, mandaram que fosse para casa e contasse a seus pais o que tinha feito. Essa tarefa era a mais difícil que havia enfrentado. (...) a conversa aconteceu. O pai do garoto teve uma reação imediata: "Meu filho é um ladrão". Aquelas palavras cortaram seu coração. Mas a mãe, chorosa, levou apenas um segundo para contestar o veredicto: "Meu filho não é ladrão; ele será pastor".

Eu era o garoto. Meu pai me amava o bastante para dizer a verdade. Mas ele não disse a verdade toda; minha mãe viu a possibilidade em mim, viu o que eu poderia fazer, e não apenas o que tinha feito. Os dois, por sua vez, estavam errados. Não me tornei pastor nem criminoso, mas professor.

Edward Langerak, The possibility of love

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